Saturday, November 11, 2006

VIDA MODERNA – HOMEM MODERNO

Se olharmos uns anos para trás, para a época em que se falava do novo milénio, em que se imaginava o mundo como sendo uma gigantesca nave espacial, pensamos, o que é que mudou desde então?
Mudamos nós, ficamos mais “modernos”, pensamos e vemos o mundo de maneira diferente, vemos tudo mais rápido. Nós mudamos, mas não mudamos assim tanto o mundo. As guerras e os interesses continuam, só que agora sabemos como se desenrola a guerra. As fronteiras geográficas, por agora já as ultrapassamos. O sentido de lugar é agora universal. A velocidade de transmissão aumentou.
A arquitectura continua a mesma! Talvez o modo de a pensar mudou. Temos o exemplo de Gehry, mas no geral, a porta continuou a ser uma porta, um alçado continuou a ser um alçado, a vivência do espaço continuou a ver vivida da mesma forma.
Não é por conseguirmos fazer casas com superfícies transparente, curvas e desformadas que a arquitectura é moderna. Isso não é um sinal de modernidade em arquitectura, é sim um sinal em modernidade tecnológica. Essas mesmas superfícies já eram possíveis de ser criadas à 50 anos atrás, mas com materiais diferentes. A modernidade em arquitectura deverá ser vista e pensada de uma outra forma. Uma arquitectura mais rápida.
Da mesma forma que queremos que a informação chegue logo até nós e que o tempo do download diminua, teremos de conseguir uma arquitectura rápida de atingir o seu termino / objectivo, antecipar o amanhã, se não arriscamos a que toda esta velocidade traga “vidas modernas” todos os dias, e o que hoje é real, amanha á mentira.

ser mãe é a aspiração natural de todo o homem moderno
ser o melhor é normal para os novos pobres deste colégio interno
ter medo é a pulsão fundamental do criador & artista.
estar sóbrio é continuar permanecer positivista
“…e dantes as máquinas estavam sempre a avariar…”
in Pós Moderno – GNR, 1986

(Texto realizado para o Mestrado em Teoria da Arquitectura, Março de 2003)
C.R

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

... arquitectura rápida - conceito difícil de definir, mas atractivo! Penso q essa rapidez passa por nós e não pela diarreia formal de certas experiências construtivas. A velocidade não pode gerar "vertigem e atropelo" no fruidor, se não, considero uma instalção performativa com fins q se esgotam rapidamente . . . um abr, pedr.vlg

4:23 pm  

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